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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Opinião e Debate

Caros companheiros, este blog tem como intuito o debate sobre assuntos relevantes para a população em geral. Assim sendo, segue abaixo um texto dissertativo argumentativo que tem como tema os avanços tecnológicos e suas consequências. Espero que gostem. Boa leitura! 


  Desde meados do século XVIII, com a consolidação do capitalismo, marcada pela Primeira Revolução Industrial, o sistema produtivo e o desenvolvimento de tecnologias crescem de forma assustadora e impressionante. Invenções como a máquina a vapor (símbolo da Primeira Revolução Industrial), a adoção do sistema fordista de produção (marco da 2ª Revolução Industrial) e os avanços da robótica e da engenharia genética (característica da 3ª Revolução Industrial) trouxeram grandes inovações que facilitaram a vida de milhares de indivíduos, porém a essas inovações, associaram-se problemáticas diversas no âmbito social e econômico. Dessa forma, o poder tecnológico caracteriza-se como um paradoxo que pode fazer o homem viver melhor, mas, ao mesmo tempo, fazê-lo ter uma pior qualidade de vida.
  Na Primeira Revolução Industrial, deu-se, com a criação da máquina a vapor e o com o avanço da indústria têxtil do algodão, da utilização do ferro como metal básico e da mineração de carvão, um grande desenvolvimento urbano. Acompanhado do aumento da produtividade e da revolução no sistema de transportes, houve um grande êxodo rural que gerou um contingente enorme de pessoas nas cidades. Teve-se então uma crise social marcada pela exploração dos trabalhadores, possibilitada pelo excesso de mão-de-obra disponível e a relativamente pequena oferta de emprego. Assim, nesse mesmo contexto de exploração, surgiram os primeiros movimentos que deram início a organização dos trabalhadores (os movimentos ludista e cartista) e origem às ideias socialistas.
  O sistema fordista de produção, adotado durante a 2ª Revolução Industrial, possibilitou um enorme aumento da produtividade ao montar uma linha de produção em que estabelecia procedimentos padronizados aos trabalhadores. Dessa forma, houve o aumento da produção e a alienação humana no processo produtivo. Mais uma vez, o avanço tecnológico, visto como fonte de conforto (como o carro), trouxe em seu processo de produção um prejuízo à qualidade de vida do homem, colocando-o como parte da engrenagem de produção, em uma espécie de coisificação humana.
  Com a 3ª Revolução Industrial, tem-se a ideia espacial de distância reduzida como nunca antes. O acesso à Internet possibilitou ao homem uma comunicação em tempo real com qualquer parte do mundo. Isso se manifesta nas redes sociais, nos mercados de bolsa de valores, nas informações contidas em sites de notícias, enfim, em tudo o que está na rede e ao alcance do mouse. Porem, novamente, o desenvolvimento tecnológico trouxe consigo problemas a serem resolvidos: pessoas cada vez mais se isolam no mundo virtual, revelando assim uma alienação humana. Criou-se um indivíduo que prefere viver de forma artificial do que de forma real.
  Assim, ao se fazer uma análise de diferentes períodos da história, tem-se um ponto em comum: o atraso social decorrente do desenvolvimento tecnológico. Um atraso que tem como raiz não o avanço material, mas sim a natureza fraca do Homem; um ser que constrói grandes inventos, mas não é capaz de utilizá-lo da maneira mais equilibrada e igualitária possível. Tem-se, então, a conclusão de que o poder tecnológico não é o bastante para que o homem viva melhor, é preciso que haja uma mudança comportamental do indivíduo. Dessa forma, sim: o homem viverá melhor.

Artigo publicado por: Grégory Augusto 

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